O pedido de impeachment do presidente Lula apresentado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) já foi assinado por 133 deputados. Baseado na comparação feita pelo petista entre a ofensiva israelense em Gaza e o Holocausto, ele seria protocolado na quarta-feira, 21, mas foi adiado. Trata-se do pedido de impeachment com a maior adesão parlamentar até hoje. Até então, o recorde era do processo contra Dilma Rousseff, em 2016. Naquele ano, a denúncia contra a petista contou com 124 assinaturas. Entretanto, como mostramos mais cedo, apesar do intenso movimento da oposição, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apontam que são quase nulas as chances de ele dar seguimento ao pedido de impeachment do petista.
CRIME
No pedido de impeachment, os parlamentares alegam que as declarações do presidente associando a guerra em Israel ao Holocausto configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. Citam: “São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 3 – cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”. No início desta semana, em agenda na Etiópia, o presidente Lula classificou como genocida a atuação de Israel na Faixa de Gaza e comparou o episódio ao Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial.
Azevedo faz moção de repúdio contra Lula
O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) destacou moção de repúdio de sua autoria que será votada em plenário, contra a declaração do presidente Lula da Silva (PT), que comparou a guerra travada por Israel na Faixa de Gaza aos crimes cometidos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Para o parlamentar, as palavras “desrespeitaram a memória de 6 milhões de judeus que foram assassinados pelo nazismo”.
“Lula diz que Israel age como nazistas, por defender direito de existência ao guerrear contra terroristas que atiraram bombas nas casas de israelenses, mataram e sequestraram inocentes”, completou.
Azevedo prestou solidariedade ao povo judeu, que agora, além do ato de violência do Hamas, “é vítima de uma segunda desumanidade, patrocinada pelo presidente Lula”, disse.