Governo lamenta morte de Olavo e o chama de ‘defensor da liberdade’

O governo brasileiro emitiu uma nota de pesar pela morte de Olavo de Carvalho, considerado o “guru” ideológico do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Ex-ministros do atual governo já foram alunos de Carvalho, como Abraham Weintraub (Educação), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), e um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

“O Governo do Brasil lamenta a perda do filósofo e professor Olavo de Carvalho e manifesta seu pesar e suas condolências a familiares, amigos e alunos”, pontuou o governo em nota publicada no site do Palácio do Planalto. Carvalho se apresentava como professor de filosofia, mas não tinha formação superior na área.

No texto, o governo aponta que Olavo teve uma “contribuição inestimável ao pensamento filosófico e ao conhecimento universal”, e que ele “deixa como legado um verdadeiro apostolado a respeito da vida intelectual, com uma vasta obra composta de mais de 40 livros e milhares de horas de aulas.”

O texto diz ainda que Carvalho foi um “intransigente defensor da liberdade e escritor prolífico”. “O professor Olavo sempre defendeu que a liberdade deve ser vivida no íntimo da consciência individual e na inegociável honestidade do ser para consigo mesmo. (…) Olavo de Carvalho oxigenou o debate público brasileiro”, ressaltou.

O escritor morreu na última segunda-feira (24), aos 74 anos. A informação foi divulgada pela família pelas redes sociais, mas sem deixar claro qual foi a causa da morte. Heloísa de Carvalho, filha do escritor, disse que o pai morreu vítima da Covid-19. Ele havia sido diagnosticado com a doença no dia 16 de janeiro. Carvalho propagava visões negacionistas sobre a pandemia e as vacinas, e chamava o vírus de “Mocoronga Vírus.”

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