A crise na saúde pública do Rio Grande do Norte atinge um novo e alarmante patamar. Médicos cirurgiões pediátricos do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, anunciaram a paralisação dos serviços a partir deste sábado (22), às 7h, caso o governo estadual não quite os pagamentos atrasados. A decisão, um reflexo da negligência crônica da administração estadual, escancara o total abandono do setor pela governadora Fátima Bezerra e sua equipe.
A Situação: Um Caos Anunciado
Os médicos da T3 Serviços Médicos, responsáveis pelas cirurgias pediátricas no hospital, não recebem seus honorários desde dezembro de 2024. A empresa notificou a Secretaria de Saúde do Estado e alertou sobre o colapso iminente. A fatura de R$ 119.850,00, referente ao mês de dezembro, já ultrapassou em mais de 75 dias o prazo de pagamento. As reiteradas cobranças foram ignoradas pelo governo, deixando os profissionais sem qualquer garantia de recebimento.
O impacto da paralisação será devastador para a população de Mossoró e região. Crianças que necessitam de cirurgias urgentes ficarão sem atendimento, aumentando a sobrecarga no já precário sistema de saúde pública estadual. A pergunta que fica é: onde está o compromisso do governo do Estado com a vida dessas crianças?
Mossoró: Sempre Esquecida pelo Governo Estadual
Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, há muito tempo sofre com o descaso do governo estadual. Os atrasos nos repasses da saúde, a falta de investimentos na infraestrutura hospitalar e a negligência administrativa são marcas registradas da gestão atual. A governadora Fátima Bezerra, enquanto mantém seu discurso de defesa do SUS, na prática, condena a população ao sofrimento e à incerteza.
A paralisação dos médicos cirurgiões pediátricos é apenas a ponta do iceberg. A saúde pública do estado já opera em colapso, com filas intermináveis para exames e cirurgias, unidades hospitalares sucateadas e profissionais sobrecarregados. Agora, com a suspensão dos serviços em um dos principais hospitais da região, a situação se agrava ainda mais.
Governadora Fátima Bezerra e a Saúde em Frangalhos
O caso do Hospital da Mulher é mais um episódio de uma longa história de incompetência e desrespeito à população potiguar. Enquanto milhões são gastos em propagandas institucionais e discursos vazios, os profissionais da saúde sofrem com salários atrasados, falta de estrutura e ausência de um planejamento eficiente.
A governadora precisa responder: como pretende resolver essa crise? Quantas crianças precisarão ficar sem atendimento para que o governo tome providências? Até quando Mossoró será tratada como uma cidade de segunda categoria pelo Estado?
O desmonte da saúde pública no Rio Grande do Norte não é um fenômeno novo, mas a paralisação dos cirurgiões pediátricos do Hospital da Mulher é um marco do abandono completo da população. As crianças de Mossoró não podem pagar pela incompetência do governo estadual. A sociedade precisa cobrar respostas e, mais do que isso, ações imediatas para garantir que vidas não sejam colocadas em risco por mera inércia governamental.