Indiciado pela PF (Polícia Federal) por suspeita de fazer parte de um esquema que planejava um suposto golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se diz vítima de perseguição e admitiu ter conversado com as Forças Armadas sobre “voltar a discutir o processo eleitoral” após as eleições de 2022. As informações são do Uol. “Vivemos num mundo das arbitrariedades. Agora eu não posso ir dormir preocupado de que a PF vai estar na minha casa amanhã cedo. Eu já tive 3 [operações de] busca e apreensão, tá? Absurdas, absurdas. Corro risco, sem dever nada, corro risco. [O STF] Vai fazer a arbitrariedade, vamos ver as consequências”, reclamou Bolsonaro.
Para Bolsonaro, pedir refúgio na embaixada pode se tornar uma opção caso seja julgado culpado pelo plano golpista. “Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá […] Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado” afirmou, em entrevista ao Uol.
O ex-presidente afirmou ainda que chegou a ter conversas com as Forças Armadas para “voltar a discutir o processo eleitoral” após as eleições de 2022. Sobre ter redigido a minuta do golpe –proposta de declaração de estado de defesa ou estado de sítio para anular as eleições–, ele que “discutir artigos da Constituição não é crime”.