A DEMORA NOS PROCESSOS DO DETRAN EM MOSSORÓ: UM RETRATO DO DESGOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE
O que antes já era ruim, agora virou uma verdadeira calamidade. Em Mossoró e em toda a região Oeste potiguar, a população sofre com a vergonhosa morosidade dos serviços do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-RN), que mais parece um pesadelo administrativo do que um órgão de cidadania. Processos básicos como a simples transferência de propriedade de veículos estão levando, pasmem, mais de 30 dias para serem concluídos. Um atraso inaceitável que gera prejuízos milionários ao setor automotivo, trava o comércio de veículos usados e sufoca empresas de revenda, despachantes e cidadãos comuns.
Essa lentidão desumana escancara a incompetência da governadora Fátima Bezerra, que assiste de camarote ao colapso de um dos órgãos mais lucrativos do Estado. Sim, o DETRAN é o maior arrecadador de receitas próprias do RN, superando inclusive algumas secretarias inteiras em geração de caixa. Mas ao invés de ter uma gestão técnica e eficiente, está entregue ao descaso político e à má administração, com uma direção em Mossoró visivelmente despreparada para a responsabilidade que o cargo exige.
O EFEITO-CASCATA DO ESCÂNDALO NA CIDETARN
A situação, que já era crítica, piorou drasticamente após o escândalo da auditoria na Cidetarn — a Comissão Integrada de Despachantes e Trabalhadores do DETRAN —, ocorrida meses atrás em Mossoró. Desde então, instaurou-se um clima de medo, insegurança jurídica e travamento total das rotinas operacionais. Servidores acuados, processos represados, empresários desesperados. A auditoria, embora necessária, revelou não só possíveis irregularidades no passado, mas expôs a total ausência de planejamento da gestão estadual para corrigir e reorganizar o sistema.
A cada dia de espera, cidadãos e empreendedores enfrentam o descaso e a burocracia. Muitos estão tendo que cancelar vendas de veículos, devolver pagamentos e até lidar com multas e taxas adicionais por atraso — tudo porque o Estado não cumpre com seu dever básico de entregar o serviço no prazo legal.
A FALTA DE PRIORIDADE DA GOVERNADORA
Fátima Bezerra, que se elegeu com um discurso de valorização do serviço público, abandona a população à própria sorte, tratando o Detran como se fosse uma repartição de quinta categoria. Em Mossoró, não há investimento em tecnologia, falta pessoal, e a estrutura física do órgão é decadente. O caos é tanto que cidadãos relatam filas intermináveis, desinformação, e prazos que simplesmente não são cumpridos.
Em vez de colocar um gestor técnico e comprometido à frente da regional de Mossoró, o que se vê é um apadrinhamento político que custa caro à economia local e à paciência do povo. Enquanto isso, o governo estadual usa o Detran como caixa arrecadador, mas se recusa a investir minimamente na melhoria dos serviços prestados.
IMPACTO DIRETO NA ECONOMIA LOCAL
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O atraso de 30 dias em processos de transferência tem paralisado o mercado de veículos usados;
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Revendas e lojistas acumulam estoques encalhados;
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Despachantes enfrentam descrédito com os clientes;
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O cidadão comum paga a conta — seja em tempo perdido ou em prejuízos reais.