A credibilidade do Governo do Rio Grande do Norte volta a ser colocada em xeque. A cooperativa médica Coopmed acusa a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) de não cumprir o acordo firmado recentemente, mesmo após a categoria suspender uma greve em gesto de boa-fé. Segundo relatos publicados pelo Costa Branca News, até o momento não houve confirmação de pagamento ou regularização dos compromissos assumidos com os profissionais de saúde.
O caso expõe, mais uma vez, o descompasso administrativo que marca a atual gestão. Médicos e cooperados que haviam confiado na palavra do governo agora denunciam a quebra de confiança. Trata-se de um episódio que vai além da burocracia financeira: é a vida da população que depende diretamente dos serviços da Coopmed que fica prejudicada diante da instabilidade.
Boa-fé frustrada
A suspensão da greve, anunciada semanas atrás, foi vista como uma abertura para o diálogo. Contudo, a ausência de cumprimento do que foi acordado revela um cenário de promessas vazias. A decisão da Coopmed de confiar no governo se converte, agora, em frustração e indignação.
Especialistas alertam que o impacto não se restringe apenas aos profissionais da saúde, mas também à qualidade do atendimento prestado à população, que já sofre com a precarização do sistema. “Sem pagamento, não há como manter equipes de prontidão, nem assegurar serviços contínuos em hospitais e unidades básicas”, relatou Dom João Santos, colaborador citado na matéria do Costa Branca News.
O desgoverno em evidência
Não se trata de um episódio isolado. O governo de Fátima Bezerra tem acumulado críticas pela falta de compromisso com acordos firmados e pela incapacidade de gerir setores essenciais, como a saúde. A postura de não honrar a palavra dada mina a confiança de entidades parceiras, fragiliza a governabilidade e aprofundam a imagem de um governo sem rumo, incapaz de cumprir até mesmo pactos elementares.
Para a população, o resultado é desastroso: profissionais desmotivados, serviços interrompidos e a sensação de abandono. Já para o campo político, o episódio reforça a narrativa de desgoverno e falta de compromisso da atual gestão estadual, um desgaste que tende a crescer à medida que os problemas se acumulam.
O impasse entre o Governo do RN e a Coopmed é mais um retrato de um estado conduzido com improvisos e promessas não cumpridas. A saúde pública, que deveria ser prioridade absoluta, acaba servindo de palco para disputas e descaso. A crise de confiança instaurada deixa claro: quando o governo falha, quem paga o preço é a população.