Rosalba, Robinson e Fátima: Uma Trilogia do Destino

O Rio Grande do Norte parece ter um talento especial para flertar com o caos administrativo. Desde Rosalba Ciarlini até Fátima Bezerra, passando pelo breve e conturbado governo de Robinson Faria, o estado coleciona capítulos de ineficiência, abandono e promessas vazias. Mas entre esses três gestores, há diferenças gritantes – e é preciso destacar como o RN se afundou ainda mais sob Rosalba e Fátima, enquanto Robinson, com todos os seus problemas, ao menos tentou tirar o estado da estagnação.

Rosalba Ciarlini: A Rainha do Colapso

Se existe um governo que conseguiu levar o RN a um buraco profundo, esse governo foi o de Rosalba Ciarlini (2011-2014). O seu legado é lembrado como um verdadeiro laboratório de ineficiência. Servidores sem salários, greves intermináveis, hospitais em situação calamitosa e uma falência financeira que transformou a máquina pública em um peso morto. A marca do seu governo foi a falta de diálogo e o completo descaso com a gestão pública.

A crise na saúde foi um dos seus maiores fracassos: hospitais superlotados, falta de insumos básicos e médicos abandonando os postos por falta de pagamento. Enquanto isso, a infraestrutura estadual desmoronava, literalmente – bastava pegar qualquer estrada para ver o asfalto esfarelando-se, uma metáfora perfeita para seu governo.

Robinson Faria: Entre o Caos Herdado e a Tentativa de Resgate

Robinson Faria (2015-2018) assumiu um estado quebrado, com cofres raspados e uma folha de pagamento que beirava o impossível. E, justiça seja feita, foi o único dos três que implementou reformas para tentar resgatar o RN do colapso. Criou programas de segurança pública, investiu na modernização da gestão fiscal e trouxe melhorias para a interiorização da segurança.

Sim, Robinson também teve problemas – afinal, qualquer gestor que assumisse um estado devastado como o RN enfrentaria dificuldades. Mas, ao contrário de Rosalba e Fátima, pelo menos apresentou tentativas de inovação administrativa. O “Ronda Cidadã” foi um exemplo disso, assim como os esforços para destravar a economia local.

O maior problema? A crise econômica nacional e a pressão sindical, que o engoliram antes que pudesse consolidar suas reformas. O governo terminou enfraquecido, mas é inegável que ele tentou fazer algo diferente.

Fátima Bezerra: A Arte do Abandono

Se Rosalba foi o colapso e Robinson a tentativa de resgate, Fátima Bezerra (2019-atual) conseguiu se destacar pela inércia e pelo abandono completo do estado. Prometeu ser a governadora do diálogo, mas não dialoga com ninguém além de sua bolha ideológica. As estradas continuam esburacadas, a segurança pública segue caótica, e a saúde virou um campo de guerra.

O funcionalismo, que tanto confiou em sua gestão, amarga a realidade dos atrasos salariais e da falta de valorização. O turismo, que deveria ser um dos motores econômicos do RN, perdeu competitividade para estados vizinhos por falta de investimento. E a cereja do bolo? A falta de um projeto claro para o futuro do estado.

Fátima governa na base da propaganda e de um discurso desconectado da realidade. O governo dela é um exemplo claro de como a ideologia pode se sobrepor à competência administrativa.

RN: Um Estado em Agonia

Se hoje o Rio Grande do Norte está abandonado, a culpa não é de um único governo, mas da soma dos desastres que se arrastam há mais de uma década. Rosalba foi um desastre administrativo, Robinson tentou arrumar a casa, mas Fátima jogou a chave fora. O resultado? Um estado que sobrevive apesar de seus governantes.

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